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no Brasil e no mundo
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Novo
documento alerta para propostas de «salvação» que
esquecem relações pessoais, o corpo e a natureza. |
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Mar. 1, 2018 - 10:00
Carta enviada aos bispos católicos de todo o mundo
rejeita «reducionismo individualista» na fé
cristã.
Cidade do Vaticano, 01 mar 2018 (Ecclesia) –
O Vaticano publicou hoje uma carta dirigida a todos os
bispos católicos, na qual alerta para tendências
culturais e espirituais que reduzem a “salvação”
da pessoa ao seu interior, esquecendo a atenção às
relações pessoais, ao corpo e à natureza.
“A salvação plena da pessoa não consiste nas coisas
que o homem poderia obter por si mesmo, como o ter ou o
bem-estar material, a ciência ou a técnica, o poder ou a
influência sobre os outros, a boa fama ou a autor
realização”, refere a ‘Placuit Deo’ (Aprouve
a Deus), da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF).
A carta aos bispos da Igreja Católica “sobre alguns
aspetos da salvação cristã” centra-se, de forma
especial, em duas questões: a visão individualista e a
visão meramente interior da salvação.
O texto aponta o dedo às tendências que propõem uma
salvação meramente interior, onde “a salvação é vista
como libertação do corpo e das relações concretas que a
pessoa vive”.
Face às recentes transformações culturais, o Vaticano
reafirma que “a salvação integral, da alma e do
corpo, é o destino final ao qual Deus chama todos os
homens” e não dispensa “o cuidado pela humanidade
sofredora”, através das obras de misericórdia
corporais e espirituais.
“A visão de uma salvação meramente interior talvez
suscite uma forte convicção pessoal ou um sentimento
intenso de estar unido a Deus, mas sem assumir, curar e
renovar as nossas relações com os outros e com o mundo
criado”, adverte a missiva.
Partindo dos recentes ensinamentos do Papa Francisco, a
CDF alerta para “desvios” da vivência da fé que
se assemelham a duas antigas heresias, “o
pelagianismo e o gnosticismo”.
O texto precisa que, no “neopelagianismo”, cada
ser humano, “radicalmente autônomo”, pretende
salvar-se a si mesmo sem reconhecer qualquer dependência
“de Deus e dos outros”.
Já o neognosticismo, apresenta “uma salvação
meramente interior, fechada no subjetivismo”.
Embora o Vaticano não cite explicitamente quaisquer
correntes associadas a estas ‘novas heresias’,
nelas poderiam ser integradas movimentos como o ‘New
Age’ ou propostas esotéricas e de auto-ajuda que
levam à criação de um ‘cristianismo alternativo’,
bem como à tendência de ‘acreditar sem pertencer’
(believing without belonging).
“Diante destas tendências, esta Carta pretende
reafirmar que, a salvação consiste na nossa união com
Cristo, que, com a sua Encarnação, vida, morte e
ressurreição, gerou uma nova ordem de relações com o Pai
e entre os homens, e nos introduziu nesta ordem graças
ao dom do seu Espírito, para que possamos unir-nos ao
Pai como filhos no Filho”.
A carta fala no “desejo humano de salvação”, que
se manifesta em diversas situações, e considera que o
mesmo é contrariado quando as pessoas se perdem em
“falsas formas de amor”, o que leva “à perda de
harmonia entre os homens e dos homens com o mundo,
introduzindo a desintegração e a morte”.
“É a pessoa inteira, em corpo e alma, criada pelo
amor de Deus à sua imagem e semelhança, que é chamada a
viver em comunhão com Ele”, acrescenta a CDF.
O texto reafirma a importância da confissão de fé em
Cristo, como “único Salvador universal” e da
“mediação salvífica” da Igreja Católica,
“comunidade daqueles que, tendo sido incorporados à nova
ordem de relações inaugurada por Cristo, podem receber a
plenitude do Espírito de Cristo”.
“A mediação salvífica da Igreja assegura-nos que a
salvação não consiste na auto-realização do indivíduo
isolado, e, muito menos, na sua fusão interior com o
divino, mas na incorporação em uma comunhão de pessoas,
que participa na comunhão da Trindade”, insiste a
CDF.
O Vaticano convida os católicos a “estabelecer um
diálogo sincero e construtivo com os crentes de outras
religiões”.
A carta cita a constituição ‘Gaudium et Spes’, do
Concílio Vaticano II (1962-1965), na qual se fala da
“confiança que Deus pode conduzir à salvação em Cristo
‘todos os homens de boa vontade, em cujos corações a
graça opera ocultamente’”.
A ‘Placuit Deo’ foi aprovada pelo Papa Francisco,
no dia 16 de fevereiro de 2018, que ordenou a
publicação.
OC
As heresias em causa.
De acordo com a heresia Pelagiana – desenvolvida durante
o século V em volta do pensamento de Pelágio -, o homem,
para cumprir os mandamentos de Deus e ser salvo, precisa
da graça apenas como um auxílio externo à sua liberdade
(como luz, exemplo, força), mas não como uma sanação e
regeneração radical da liberdade, sem mérito prévio,
para que possa realizar o bem e alcançar a vida eterna.
Mais complexo é o movimento gnóstico, surgido nos
séculos I e II, que se manifestou de formas muito
diferentes. Em geral, os gnósticos acreditavam que a
salvação é obtida através de um conhecimento esotérico
ou “gnose”. Esta gnose revela ao gnóstico a sua
essência verdadeira, isto é, uma centelha do Espírito
divino que habita na sua interioridade, que deve ser
libertada do corpo, estranho à sua verdadeira
humanidade. Somente assim o gnóstico regressa ao seu ser
originário em Deus, de quem se afastou pela queda
original.
Fonte: Carta ‘Placuit Deo‘ |
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O Terço
(Rosário) dos Homens não exige
nada e não cobra nada da vida pessoal dos seus
participantes, o que faz
com que seus membros se sintam livres, e a liberdade dá ao
homem o poder de ser aquilo que ele deseja ser, daí as
transformações se sucederem de modo espontâneo
causado pelo contato que os mesmos passam a ter
com
Deus por intercessão
de Maria. |
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